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HUMILDADE

Se hoje você acordou acreditando ser melhor do que qualquer outra pessoa,

porque você se esforçou mais,
porque se alimenta melhor,
porque estudou mais,
porque está mais limpo,
porque teve mais oportunidades,
porque frequenta lugares mais elitizados,

porque trabalhou a vida toda incansavelmente,
porque conhece muitas culturas,
porque sabe sobre filosofia,
porque tem mais consciência,
porque sabe administrar melhor seu dinheiro,

porque faz meditação todos os dias,
porque segue uma crença religiosamente,
porque é fiel,
ou porque sabe fazer um café mais saboroso…

Por qualquer motivo, se acordou se sentindo melhor que alguém,
Volte para sua cama, procure o ser humano que ficou ali em algum lugar, vista as sandálias de um morador de rua e percorra seu dia com esse calçado diferente, em caminhos diferentes.

Pri Guida

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PRUDÊNCIA

”Conhecer nosso ponto forte, a qualidade relevante, para cultivá-la e para aperfeiçoar as demais. Qualquer pessoa alcançaria proeminência em algo, se conhecesse seu ponto forte. Deves pois observar o teu e reforçar-lhe a aplicação. Em uns prevalece o discernimento e em outros, a coragem.
Quase todos violentam o próprio gênio, e por isso nunca são excelentes em coisa alguma; o que a paixão lisonjeia com presteza, o tempo desmente tarde.”

Gracián, A arte da prudência.

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O HOMEM FELIZ

Era uma vez um rei que tinha um filho único que ele amava muito. Esse príncipe era motivo de muita preocupação para o seu pai, pois sempre estava muito triste e insatisfeito. A fim de ajudar seu filho, o rei buscou ajuda de filósofos, doutores e professores que vieram de toda parte do mundo aconselhá-lo. Depois de se reunirem, eles deram a seguinte orientação:

-“Majestade, pensamos, lemos as estrelas; eis o que deve fazer. Procure um homem que seja feliz, mas feliz em tudo, e troque a camisa de seu filho com a dele.”

A partir disso, o rei passou a procurar pessoas que ele julgava que eram felizes e para se certificar que elas, de fato, eram felizes, ele fazia uma proposta para que elas fossem morar em seu castelo. Se a pessoa aceitasse o convite, ele compreendia que ela não era feliz por não estar satisfeita com a vida que levava.

Depois de alguns encontros mal-sucedidos, o rei saiu para caçar. Enquanto ele caminhava pela mata, ouviu um jovem cantando alegremente e pensou: “quem canta assim só pode ser feliz”. Ele se aproximou do jovem e iniciou um diálogo com ele:

– Bom dia, Majestade – cumprimentou o jovem. Tão cedo e já pelos campos?

– Bendito seja você! Quer que o leve comigo para a capital? será meu amigo.

– Ai, ai, ai, majestade,não, não mesmo, obrigado. Não trocaria de lugar nem com o papa.

– Mas por que você, um rapaz tão forte…

O rei entendeu que estava diante de um homem feliz e que sua camisa salvaria seu filho, no entanto, quando o jovem desabotoou seu casaco, o rei ficou decepcionado.
O homem feliz não tinha camisa.


Calvino, I. Fábulas Italianas 1990

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Felicidade

Uma vida feliz é aquela que se harmoniza com a sua natureza.

“Uma vida feliz é pois aquela que se harmoniza com sua natureza; e só se pode consegui-la se a alma for antes de tudo sadia e estiver continuamente de posse desse estado de saúde; depois, se for corajosa e enérgica; em seguida muito bela e paciente, pronta para qualquer acontecimento, cuidadosa mas sem inquietações, com o corpo e com o que diz respeito a ele; e finalmente se for laboriosa em proporcionar a si outras vantagens que adornam a vida sem admirar nenhuma delas, disposta a aproveitar os dons da fortuna sem sujeitar-se a eles.” Sêneca – Da vida feliz

Boa semana! Sejam felizes!

Pri Guida

“Una vita felice è quindi quella che si armonizza con la sua natura; e può essere raggiunto solo se l’anima è prima di tutto sana e continuamente in possesso di quello stato di salute; quindi, se sei coraggioso ed energico; poi molto bella e paziente, pronta per ogni evento, attenta ma senza ansietà, con il corpo e nei suoi riguardi; e infine se è laborioso darsi altri vantaggi che ornano la vita senza ammirarne nessuno, pronti a sfruttare i doni della fortuna senza essere soggetti a loro “.
Seneca – Della vita felice