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Ervas Medicinais

LAVANDA

Uma planta tão especial é impossível de resumir em um único post!

Hoje vou contar um pouquinho da sua história milenar.

A palavra latina de onde se origina é lavare: “lavar, limpar, retirar a sujeira de algo por meio de um líquido”. A LAVANDA lava a alma! 

Os primeiros registros da Lavanda na história datam da Grécia Clássica e da Roma Antiga, porém existem relatos que os celtas utilizavam para a magia, a cura, a limpeza de corpo e ambientes muito antes.

As mulheres celtas quando queriam atrair um amor verdadeiro se banhavam em lavanda, colhiam, secavam e manipulavam até obter uma pasta. Atenção, era para o amor verdadeiro, não para sedução! Pois a lavanda é calmante, anti-afrodisíaca.

A famosa Lavanda Francesa foi introduzida por gregos na região de Marselha por volta de 500 a.C.

A sua infusão surge como cura medicinal em torno do séc I d.C. segundo os primeiros registros na literatura feitos por Pedanios Dioscurides, um médico romano com descendência grega. Indicava massagem para dores nas articulações, musculares e cura de muitas outras doenças.

Do séc V ao XV a arte de curar era preservada pelos Monges. No séc IX vemos o primeiro registro de prescrição da planta na Alemanha, nesse caso para acalmar os males do ventre.

Em 1370 surge a Água Húngara, um famoso perfume destilado de alecrim com óleo essencial de lavanda.

No séc XV a lavanda é descrita como “Planta da Virgem Maria”. Dentre a coleção de remédios herbáceos Gart der Gersundheit, era apreciada pela suposta propriedade de dissipar os “desejos da Carne”.

Por volta do séc XV ao XVIII foi amplamente disseminada a arte da perfumaria e da destilação.

Nostradamus usava uma mistura de óleos para se proteger da peste enquanto tratava as vítimas de Le Charbon.

A monarquia inglesa disseminou o uso das fragrâncias e óleos ,entre os principais a Lavanda , entre os séculos XVI e XVII.

Combate a enxaqueca e proporciona um sono rejuvenescedor às madames européias no séc XVII.

Conhecido como a anti-afrodisíaco de Napoleão que fugia das artimanhas da imperatriz Josefina para seduzi-lo, ele  até bebia água de lavanda. Diz a história que ela estaria para ser abandonada por não dar-lhe um herdeiro e impregnava almíscar por todo o palácio.

A água de colônia mais popular em todo o mundo (séc XVII) onde a lavanda é um dos principais componentes foi por 170 anos a mais usada no mundo! Depois disso iniciou a fase das fragrâncias sintéticas e da química orgânica onde a perfumaria se espalhou e popularizou. 

*A magia e o poder da Lavanda – Seus Segredos e Aplicações ,  jan 1999 

Monika Junemann e Maggie Tisserand 

Pri Guida

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OLIVEIRA

Os montes de oliveiras é algo que encanta nessa região da Toscana. São árvores consideradas símbolos da eternidade e de resistência. Podem viver por séculos e produzindo seus frutos.

As cores das folhas são especialmente belas com um verde oliva na parte superior e um verde mais prateado na parte inferior o que confere um tom diferenciado nos verdes das colinas.

ORIGEM

O azeite extraído dos frutos é usado para a culinária e muito amplamente de forma terapêutica.

Pertence à família das oleáceas e são nativas da parte oriental do mar Mediterrâneo, bem como do norte do atual Irã no extremo sul do mar Cáspio.

É cultivada há mais de 8000 anos e encontramos na Europa árvores de mais de 2000 anos.

UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

Quando os deuses gregos disputaram a região da Ática, a deusa Atena ofereceu uma pequena oliveira e disse:

“Esse arbusto crescerá e se tornará uma grande árvore que dará frutos por centenas de anos. De seus frutos poderá se extrair um óleo que servirá tanto para alimentação quanto para curar males, limpar o corpo ou iluminar a noite. E usou o óleo para curar os feridos”.

Coroas de folhas de oliveiras eram colocadas nos vencedores dos jogos olímpicos na Grécia Antiga.

O Jardim do Getsêmani, por sua vez, se localiza ao sopé do Monte das Oliveiras, onde Jesus foi com seus discípulos após a Última Ceia.

O seu nome, do aramaico Gat Shmānê, significa “prensa de azeite”: era um horto em que se extraía o azeite a partir do fruto das oliveiras abundantes na região.

Maria Madalena preparava unguento para os pés de Jesus a base de óleo de oliva e ervas aromáticas.

Os mesopotâmicos usavam o óleo no corpo para se proteger do frio há mais de 6000 anos.

PROPRIEDADES

O ácido graxo oléico, seu principal componente, confere ao óleo suas propriedades organolépticas (cor, textura, odor).

Muito usado como carreador (veículo para misturas), tem alto potencial de regeneração da pele, é anti inflamatório, auxilia na absorção de vitaminas, tem ação antioxidante, colabora para o controle do colesterol, é fonte de vitamina E.

Existe uma relação entre as propriedades das plantas no seu ambiente natural, o que ela pode nos beneficiar e a sua história. A Oliveira sem dúvida é a árvore da longevidade, do autocuidado.

Pri Guida